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 [END] - Rendição

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Josiane Veiga
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 10, 2010 2:26 am

Oi Nara
Amor, eu também acho..uma covardia! Mas é mais comum do que se imagina. Quantos pais ao redor do mundo não batem nos filhos achando que estão fazendo um bem pra eles? Ontem li uma noticia de um pai que matou o filho de dois anos a pancadas pq a criança fez xixi nas calças. Qdo questionado, ele disse que estava educando...
O pai do Nino é ignorante igual.

Brigadaaaa pelo comentario amor
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQua Jan 13, 2010 8:54 am

oh.. e finalmente a parte que havia me contado.
sinto não ter comentado antes... mas somente hoje fui ler a continuação da fic.

deuses.........
o quanto eu quero bater nesse homem.....

haha.. e Audrey está percebendo agora o tamanho do erro que cometeu?
huuuuuuuuuum... só espero que antes que ela endoideça de vez, não decida matar o Nino... tadinho.....

mas como está dramática essa parte não? parece que o tempo de felicidade deles já está tão distante agora..... tomara que não continue assim... tenho confiança que Sakuraiba chegará com uma solução! ou talvez não.... devo lembrar que as idéias do Aiba às vezes não são lá muito boas né... hahaha.... <3

espero o próximo capítulo!
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 17, 2010 12:23 am

OI flor... Kyuu nao tinha visto q vc tinha comentado..e respondi seu coment..mas a net caiu e eu perdi tudo...
Bom.. mta coisa se explica agora
Obrigada pelo carinho
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 17, 2010 12:31 am

Rendição

Capítulo XXXII

Por Josiane Veiga


Os galhos da enorme árvore a frente da residência bateram contra as vidraças da janela lateral. O som seco e característico tornava a situação sinistra, quase assustadora. Audrey Morgan acreditava que nada pudesse assustá-la desde que a mãe faleceu, mas, ao ouvir o barulho, ela tapou a cabeça com o edredom, claramente perturbada.

Em seus exatos nove anos de vida, não costumava fugir de nada. Ora, não fora ela que encontrou e guardou o corpo da mãe, sozinha, enquanto a polícia não chegava? Não fora ela que ficou encarando aqueles olhos mortos enquanto esperava que algum adulto aparecesse, e a livrasse da incumbência?

Entretanto, naquela noite, sentiu frio em todo o corpo. Pousou a mão sobre o peito tentando se acalmar. Se conseguisse falar (bem sabia que após a morte da mãe, as palavras não saíam de sua boca), iria rezar em voz alta. Quem sabe Deus (se é que existisse) a ouvisse.

Quinze minutos e o pavor não passara. Desistindo de dormir, puxou as cobertas, e se levantou. O quarto ainda estava iluminado por um resto de vela. O padrasto não costumava permitir que ela utilizasse luz elétrica. “Gasto desnecessário”, dizia ele.

Andou de um lado para o outro buscando algo que a ocupasse. Pegou uma boneca velha que estava atirada no chão, sentou-se na cama, e tentou brincar.

Foi então que ela ouviu um choro. No começo parecia um lamurio suave, mas logo percebeu que era um pranto. O pranto do irmão.

“Steven...” – Pensou.

Quando a mãe morreu, deixou-a com a responsabilidade de cuidar do menor. Não que fosse alguma novidade, pois em vida a mulher nunca se importou com as crianças. Quando casou-se com aquele homem gordo, passou a desconsiderar os dois filhos ainda mais. Era Audrey que alimentava, dava banho e brincava com o garotinho de olhos assustados.

Da mesma forma, era a menina que escondia o mais novo dentro do armário quando a mãe e o padrasto se drogavam. Ela conhecia a rotina das drogas. Os adultos ficavam extremamente ativos tão logo abusassem dos tóxicos. Batiam nela, e então ficavam a procura do outro. Como o efeito da droga durava pouco, logo desistiam da busca e iam dormir.

Foi, portanto, um alívio quando a mãe morreu.

O padrasto passava boa parte do dia fora, e ela conseguia ter alguma paz. Quando ele voltava no final da noite, tanto Audrey quanto Steven já estavam dormindo. O homem então os ignorava sumariamente.

“Steven...”- a mente repetia o nome seguidamente, enquanto a mão abria a porta do quarto.

Fora do quarto, o som dos soluços do menino era mais alto. A menina de nove anos caminhou em passos temerosos pelo corredor escuro. A casa era pequena, e logo ela estava na cozinha.

Olhou a mesa. Um pedaço da torta já velha, que a vizinha iria jogar fora – mas que acabara dando a menina pobre - estava sobre um prato. Sem geladeira, Audrey tentou manter a guloseima fria apenas a tapando com um guardanapo. O bolo estava sendo guardado para o aniversário de Steven, que fazia seis anos naquele dia. Tão logo o irmão acordasse, ela iria levar-lhe o doce, e cantar-lhe parabéns.

Ouviu um pequeno grito sufocado do irmão. Seria um pesadelo? Rapidamente pegou o prato com o bolo e começou a ir em direção ao quarto do menor. Iria dar-lhe o bolo ainda de madrugada, não somente para acalmá-lo, mas também para aproveitar o doce sem que o padrasto o roubasse dela.

Porém, estancou ao se aproximar da porta que estava aberta.

Lá dentro, o homem gordo que a mãe havia se casado antes de morrer, estava em cima do irmão. Ele tapava a boca de Steven para que a criança não gritasse, mas o sangue nos lençóis deixava claro o quanto o estava machucando.

Por alguns segundos, ela não teve reação. Os olhos se fixaram naquela cena pavorosa. Viu a luta do menino para tentar se livrar daquelas mãos sujas, mas sua fragilidade não era páreo para um homem tão forte.

Somente quando viu o ato de cópula (infelizmente a mãe e o padrasto nunca haviam escondido o que faziam, e ela foi testemunha passiva daquilo diversas vezes), foi que saiu do torpor.

Derrubando o prato no chão, correu em direção a cama e tentou puxar o corpo daquele monstro. Recebeu um safanão, e chocou-se contra a parede.

-Saía daqui, piralha! – Ouviu.

Abriu a boca para responder.

Nada.

Tentou novamente. Quis gritar. No entanto, a voz não saía. Lágrimas grossas molhavam seu rosto, mas ela não desistiu. Correu novamente contra a cama e tentou puxar o homem. Dessa vez ele saiu de cima do irmão, e avançou contra ela.

Um soco. Dois. Três.

Incrivelmente, não desmaiou. Recebeu um chute no estômago e sentiu o sangue na boca. Mas permanecia acordada.

E com os olhos arregalados, viu toda aquela depravação ocorrer diante de suas vistas.

Quando terminou, o padrasto vestiu a calça, e saiu para fora do quarto. Um silêncio doloroso preencheu o ambiente. Com dificuldade, Audrey conseguiu adquirir forças para rastejar até a cama.

Assim que viu o rosto do irmão, quis dizer-lhes infinitas coisas para aliviar tanta dor, mas a maldita boca não pronunciava som nenhum. Tudo que escapou-lhe dos lábios foi um rezingar baixo.

-Mana... – Steven encarou-a.

Audrey podia sentir a dor que o irmão sentia. Abraçou o pequeno corpo, e deixou-se a ficar balançando com ele nos braços.

-Está doendo tanto... – o pequeno choramingou.

Ao longe ela podia ver o bolo atirado no chão, lembrança do aniversário feliz que havia planejado para o irmão, mas que, no entanto, jamais se realizaria.

-Mana... – o outro voltou a chamá-la.

Voltou a encará-lo. O que podia fazer se nem sequer falar conseguia?

-Ele vai voltar amanhã? – O menino indagou.

Sim, ele voltaria. Os dois eram indefesos perante aquele homem. Sem sequer conseguir dizer uma palavra, como ela conseguiria buscar ajuda? Além disso, sabendo o quanto eram pobres, normalmente os vizinhos os enxotavam quando se aproximavam de suas casas.

-Mana... – a voz triste encheu seu coração de pesar. – Me ajuda...

O olhar interrogativo de Audrey demorou-se um pouco sob aqueles lindos olhos castanhos esverdeados.

-Eu sei de um jeito pra que ele nunca mais faça isso comigo – o menino a surpreendeu. - Eu vi num livro.

Ela sempre levava papéis para casa. Não sabia ler, nem o irmão, mas gostavam de olhar as figuras.

-A gente só precisa de uma corda...

~~~~000~~~~

A camisola estava ensopada de suor. Audrey Morgan passou os dedos finos e pálidos em cima do tecido, na tentativa de acalmar as batidas frenéticas do coração.

O pesadelo... voltou.

O quarto escuro que estava agora em nada lembrava o da infância. Este era uma suíte ricamente decorada e confortável. Sua vida também havia mudado muito: estudou, fez faculdade, conseguiu bons empregos. Tinha uma reserva na poupança. Saúde e beleza. Não era mais a menina muda de nove anos, que cuidava do irmão menor.

Sentiu o rosto molhado novamente. No entanto, sabia que agora o líquido não era suor, e sim lágrimas. Reprimiu-as.

Nunca se culpou por ter ajudado o irmão a se matar. Sabia que a morte foi um alívio para o menino. O que trazia remorso a ela era não ter protegido o irmão daquele monstro do padrasto.

Virou o rosto. Estava deitada na cama de casal do quarto de Nino. Havia levado Kazu até aquele local e ficará lá, para cuidar dele.

O amado estava muito machucado. Seus pequenos gemidos cortavam o coração da americana. Não queria que ele sofresse. Mas, de alguma forma, ela compreendia o desespero do pai de Kazu.

O Sr. Ninomiya não era seu padrasto!

Enquanto o homem que a mãe havia se casado abusara das crianças, o pai de Nino só tentava salvar o filho. Isso, a americana era capaz de entender. O que não podia aceitar era a surra!

Deslizou os dedos pálidos pelo rosto frágil de Kazu. A boca, assim como a pele, estava extremamente inchada. A mulher temia que o rapaz houvesse quebrado alguma coisa, mas não podia levá-lo a um hospital. Se a agência que cuidava da carreira de Nino soubesse o que o pai dele havia feito, iriam tirar Kazu da guarda do pai... e dela.

Precisava encontrar um meio de acalmar o pai de Nino, e manter o rapaz à sua proteção. Bem sabia que a culpa não era de Kazunari. O culpado de tudo era Satoshi! Por que aquele homem não deixava Nino em paz?

De repente, recordou-se de algumas horas antes. Ohno havia aparecido perante a casa. Gritou com desespero o nome de Nino, e pranteou perante a janela. Audrey sentiu-se confusa diante de tamanha cena. Até chorou.

-Não! – Disse, firme, a si mesma.

Ohno Satoshi era um pervertido sem moral, que havia seduzido e manipulado Nino. Com sua fala macia, havia feito seu namorado acreditar que amava um homem! Não devia ter piedade daquele rapaz, porque ele não passava de alguém igual ao padrasto. Matsumoto Jun, assim como Masaki Aiba e Sakurai Sho eram iguais. De todos, o único que era inocente naquela história era o seu Nino...

-Não se preocupe, meu amor... – murmurou, acariciando a face do rapaz. – Eu cuido de você...

~~~~000~~~~

Nino havia acordado algumas horas após o confronto com o pai. Mesmo assim, o moço moreno permaneceu com os olhos fechados. Cochilou novamente. Voltou a acordar de madrugada. Ao abrir os olhos, a primeira imagem que viu foi de Audrey, dormindo ao seu lado. Voltou os olhos para o lado oposto e viu um relógio elétrico marcando seis da manhã.

Inverno, o sol ainda não havia despontado no horizonte, dando mostras de um novo dia. No entanto, o rapaz não conseguia permanecer no leito, deitado ao lado daquela mulher. Com muita dificuldade, levantou-se. Sentia dores fortes em todo o corpo, mas conseguiu seu intento sem emitir um único som.

Estava de meias, e o tecido bloqueou o barulho de seus passos. Como estava caminhando mais devagar, fruto dos machucados, demorou até chegar a porta. Entretanto, tão logo viu-se à saída, seus olhos pousaram sob a bolsa da morena.

Por algum motivo, Morgan havia levado a bolsa para seu quarto. Talvez nela estivesse seus produtos femininos, e ele sabia o quanto a americana era vaidosa. No entanto, não eram os produtos de beleza que procurou ao pegar a sacola nas mãos.

-Oh, Kami-sama! – Murmurou. – Obrigado. – Agradeceu.

O telefone de Morgan!

O celular se encontrava no fundo da bolsa, e Nino o agarrou. Ansioso, caminhou até o primeiro quarto desocupado que encontrou. Nenhum dos quartos possuía chave, então ele apenas entrou, fechou a porta, e encostou as costas na madeira.

Discou rapidamente os números tão conhecidos.

O celular chamou uma vez... duas... e então um som indicou-lhe que alguém atendia.

-Quem é? – Ohno indagou. A voz era límpida. Era claro que Oh-chan não estava dormindo.

-Oh-chan – Nino sentiu as lágrimas molhando seus olhos. – Sou eu...

-Nino-chan! – A voz tornou-se sufocada, aflita. – Onde você está? Como conseguiu me ligar?

-Ainda estou na casa...

Um soluço escapou dos lábios de Kazu.

-Está chorando...? – Ohno indagou, preocupado. - O que aconteceu?

Não sabia por que perguntava aquilo, já que ele mesmo sentia a face sendo lavada pelas lágrimas quentes.

-Tenho tanta saudade de você, Oh-chan...

-Eu também... Não agüento mais, Nino-chan. Não posso... não suporto mais ficar longe de você.

Nino permaneceu em silêncio, ouvindo a respiração de Ohno. Como era bom pelo menos ouvir o som que vinha do seu amado.

-Estive aí ontem à tarde...

Aquilo surpreendeu Kazunari. Por Deus, Satoshi havia enfrentado seu pai?

-Que horas?

-No final do dia. Mas não me deixaram ver você.

Naquele momento, Nino ainda estava desmaiado. Mas, supunha o mais novo, mesmo que não estivesse, era provável que o pai jamais deixaria Ohno se aproximar.

-Você está bem? – Ohno questionou. – Eu gritei seu nome, mas você não apareceu. Não me ouviu? Ou estão lhe prendendo em algum quarto? Aliás, como conseguiu me ligar?

Escorregando até o chão, Nino secou o nariz, antes de responder a Ohno:

-Estou bem – mentiu. – Não ouvi quando me chamou... eu devia estar no banho. O telefone é da Audrey... eu peguei da bolsa dela.

Naquele instante tapou o telefone. Não queria que Satoshi percebesse que chorava. Tudo que queria ao ligar para o Riida era ouvir sua voz... só isso. Jamais iria desejar preocupar ou fazer Ohno sofrer mais do que já havia feito.

Culpou-se.

Eram seis horas da manhã. Ohno nunca estaria acordado tão cedo se não fosse por sua causa. O líder do Arashi também não ficaria gritando embaixo da janela por mais ninguém no mundo... só por Nino.

-Pegou o telefone de Audrey? Ficou maluco?

-Por que veio? – Nino tentou desconversar. – Não quero que venha, Oh-chan... – disse, sério. – É perigoso, entendeu? Meu pai odeia você!

-Tive uma sensação muito forte... e ruim – Satoshi contou. – Como se tivesse acontecido algo com você.

-Mas não aconteceu nada – voltou a mentir. – Não quero mais que venha! – Repetiu.

Naquele instante, o choro de Satoshi chegou até Nino. O Riida chorava de forma compulsiva. Nada do que havia sofrido durante toda a sua vida o machucou tanto do que ouvir Ohno chorar.

-Eu te amo tanto, Kazu... – Ohno confessou. – Não me peça para não ir até você...

Kazunari devia ser uma pessoa amaldiçoada. Era a única explicação. Desde pequeno, não correspondeu às expectativas dos pais. Foi rejeitado ainda muito jovem, e mesmo toda a fama e dinheiro que havia conquistado não deu-lhe o que mais ansiava: amor. Mais velho, enfim havia encontrado o sentimento nos braços do melhor amigo. Infelizmente, tudo que dera em troca à Ohno foram dor e sofrimento.

Baixou a fronte.

Se tivesse permanecido longe de Satoshi, o líder não teria alimentado esperanças de que o amor deles pudesse dar certo. Desde o começo, Nino sabia que o afeto que nutriam um pelo outro estava destinado ao fracasso; mas, fraco e egoísta como era, não evitou Ohno, e sim se aproximou mais do Riida.

Agora, às seis horas da manhã de um dia típico do rigoroso inverno japonês, Satoshi Ohno chorava ao telefone.

O mais velho havia sido amarrado à vida triste de Kazunari. Satoshi lutava uma guerra que não era dele. Por que sofria? Tinha uma mãe maravilhosa, um pai que o apoiava, beleza, talento, fãs. Também tinha o amor de outra pessoa incrível: Matsumoto Jun. o Riida tinha tudo para ser feliz... inteiramente feliz! Não precisava e não merecia estar chorando às seis horas da manhã por uma pessoa que não tinha solução.

-Nino-chan? – O gemido de Ohno interrompeu os pensamentos de Nino.

Porém, Nino não respondeu. A mente voltou a recordar-se do rosto de Ohno. Do seu sorriso feliz. Das bochechas fofas, que sempre o encantaram. Kazunari queria ver novamente Ohno rindo despreocupadamente. Não desejava esse choro terrível que agora ouvia.

Não queria que Ohno sofresse mais...

-Estou te ligando para resolver as coisas entre nós, Oh-chan – falou, tentando desesperadamente manter a voz neutra.

-Não entendi...

-Não quero que venha mais, Oh-chan – Nino explicou. – Você está prejudicando minha vida com meu pai e com Audrey.

Nino sentiu o baque de Ohno. A respiração do namorado aumentou.

-Eles estão aí? Estão lhe obrigando a dizer isso? O que estão fazendo com você?

-Estou sozinho, Oh-chan. Quero que dê uma chance ao Jun-san. Ele é um cara incrível, e vai fazê-lo muito feliz.

-Pare com isso!

-Preste atenção – Nino tentou ser mais claro. – Eu adoro você, mas prefiro continuar a ser seu amigo. Nosso relacionamento não tem futuro, e você sabe disso.

-Você não está falando sério – Ohno negou-se ao ouvir aquilo. – Sei que aconteceu alguma coisa... Você me ama!

Naquele momento Nino desabou. Quando o choro dele chegou até o ouvido de Ohno, o líder enfim respirou aliviado.

-Baka! – Satoshi xingou o mais novo. – Baka! Baka! Acha mesmo que eu vou desistir de você e do nosso amor?

-Se você for feliz, Oh-chan – Nino disse, com a voz entrecortada -, eu também vou ser.

-E como eu vou ser feliz longe de você? Diga-me! Tenta me explicar como eu poderei sorrir sem ver o seu sorriso? Como eu poderei amar alguém que não seja você?

-Mas, desde que estamos juntos, quantas vezes você sorriu, Oh-chan? Na maioria das vezes, eu só te fiz chorar...

-Prefiro lágrimas verdadeiras ao seu lado, que sorrisos falsos longe de você! – Ohno disse alto. – Inferno! Cada vez que você tenta me afastar, me machuca mais, não percebe? Eu te amo, droga!

-Eu também – Kazu enfim confessou. – Amo mais que tudo no mundo, Oh-chan...

-Sho-san e Aiba-san descobriram coisas incríveis da Audrey – Ohno contou rapidamente. – Eles estão tentando descobrir uma forma de virar o jogo a nosso favor...

-Mas, se não conseguirem, prometa que não vai voltar a enfrentar o meu pai...

-Não tenho medo dele!

-Prometa!

-Não me peça isso!

Nino suspirou. Sabia que Ohno enfrentaria qualquer um por sua causa.

-Eu preciso desligar. Logo Audrey ou meu pai vão acordar. Por favor, durma e se cuide. Já está sendo difícil demais pra mim tudo que está acontecendo. Se você ficar doente, não vou suportar...

-Diga que me ama antes de desligar...

Um sorriso triste despontou nos lábios de Kazu.

-Amo... amo tanto...

Logo em seguida, Kazunari desligou o aparelho.

~~~~000~~~~

Touga Jean não chegou a tocar a campainha. Assim que postou-se a entrada de Melanie Vardin, a modelo francesa abriu a porta, como se previsse sua presença.

-O que quer? – Ela indagou.

Logo em seguida, deu passagem e o rapaz entrou. Melanie era mais alta que ele, e aparentava mais força também. Dessa forma, o olhar agressivo que ele deu-lhe não causou nenhum receio na mulher.

-Eu tinha uma sessão de fotos para hoje – reclamou. – Por que me ligou querendo me ver?

-Como ousa me perguntar isso? – Jean gritou. – Vim cobrar o seu trabalho!

A francesa jogou-se contra o sofá. Seu olhar malicioso chegou até o rapaz:

-Que trabalho? – Ridicularizou. – Você me pagou para que eu dissesse que estava grávida de Sho Sakurai e fiz isso! Meu - como você diz - “trabalho”, já terminou!

Em fúria, Touga aproximou-se da mulher e a pegou pelos braços, erguendo-a do sofá.

-Você devia ameaçar o aborto! Falar de aborto a Masaki Aiba! Dizer que Sakurai está lhe pressionando a isso! Entretanto, não fez nada do combinado!

-Eu falei de aborto! – Ela se defendeu. – Ameacei aborto!

-Então, responda-me, por que diabos o senhor Aiba e Sakurai não estão brigados?

O rapaz soltou seus braços com raiva, e Melanie caiu novamente sobre o sofá.

-Como eu poderia responder-lhe isso? – Indagou. – Que culpa tenho eu que os dois são amigos em qualquer circunstância? – Suspirou. – Além disso, não entendo porque Aiba ficaria zangado com Sho por causa de uma mulher fazer um aborto...

Pasmo, Jean encarou Melanie.

-Você não percebeu? – O mestiço indagou. – Não acredito que não tenha notado ainda?

-O quê? Que Aiba é uma pessoa maravilhosa e que não tolera aborto? Sim, eu tinha notado isso! Como não perceberia?

Uma gargalhada inundou a sala. Jean ria tanto que lágrimas já lhe escapavam dos olhos. A sua frente, Vardin o observava curiosa, não entendendo o motivo da graça.

-Sua idiota... – murmurou. – Os dois são namorados.

A boca de Melanie se abriu, surpresa. Os olhos claros da loira arregalaram-se, espantados. Devia ser piada! Claro que era!

-Sakurai dormiu comigo! – A observação foi feita mais pra ela do que para o assistente de Karin. – Ele transou comigo! É um homem e tanto! Eu sei! Eu o tive na minha cama! Por que está tentando difamá-lo e a Aiba?

-Difamar? Eu difamar o senhor Aiba? Jamais faria isso! – Afirmou. – Eu o amo mais que tudo na vida, e jamais falaria algo de ruim dele! Aliás, eu sei o quanto ele sofreu quando o senhor Sakurai-kun começou a freqüentar motéis de quinta categoria com você! O senhor Aiba é uma pessoa maravilhosa e não merece aquele ser desprezível!

Melanie custava a acreditar nos próprios ouvidos. Porém, recordou-se de como Masaki e Sho pareciam próximos no restaurante. Só então percebeu que notara naquele dia que Sho estava com ciúmes... Naquele momento, a modelo pensou que o sentimento era para com ela, mas após ouvir as palavras de Jean, percebeu que o ciúme era de Aiba!

-Não acredito... – murmurou.

-Acredite!

Mesmo havendo dormido com o namorado dele, e aparecendo com um suposto filho do adultério, Masaki havia dado apoio a ela, oferecendo carinho e amizade. Que tipo de homem era aquele? Um anjo?

-Aiba é gay?

Seu coração começou a doer. Não queria acreditar! Nada tinha contra os homossexuais, mas sabia que estava se apaixonando por Masaki. E pior, estava machucando propositalmente uma pessoa que ela já idolatrava.

-Sim. Ele e o senhor Sho-kun são um casal. O relacionamento é segredo, mas dentro da JE se percebe.

Quis chorar. Suas últimas esperanças de conquistar o amor de Aiba esvaíram-se perante aquela verdade. Olhou para o lado, e viu o vaso de flores. Todos os dias, religiosamente às oito horas da manhã, o rapaz da floricultura trazia-lhe rosas brancas. Eram sempre de Masaki. O loiro também lhe ligava todos os dias para saber do bebê.

Por que não desconfiara daquilo antes? Um homem tão perfeito assim só poderia ser gay!

-Escute com atenção! – Jean a tirou do devaneio. – Quero que você vá até o senhor Aiba, e diga-lhe que Sho Sakurai está pressionando você para o aborto. Diga-lhe que...

-Não vou dizer nada! – O interrompeu. – Acabou a farsa! Eu jamais imaginei que estava fazendo Aiba sofrer tanto! Se desconfiasse disso, nunca teria aceitado esse absurdo.

-Você foi paga para isso!

-Vou devolver o dinheiro! – Avisou. – Amanhã levo o dinheiro a você no estúdio!

-Você tem que fazer isso! – O rapaz berrou.

-Como você pode dizer que ama Aiba acima de tudo? – A voz dela transbordava incredulidade. – Como pode dizer que ama se não se importa com o quanto ele está sofrendo? Aiba não é o tipo de pessoa que fica com alguém de forma impessoal. Se ele está com Sho, é sinal de que o ama. E imagino o quanto deve ter se magoado com a infidelidade de Sakurai atirada as suas fuças quando eu surgi!

Jean a encarava, espantado.

-Você não entende – murmurou. – Eu o amo e quero que ele seja feliz... comigo... – destacou.

-Eu também o amo – Melanie reagiu. – Mas quero que seja feliz com quem ele ama! – Ela sorriu de forma triste. – Nunca pensei que houvesse pessoas boas no mundo, mas me enganei. Masaki é bom! Ele é puro, gentil, humano e honesto. Eu não vou mais enganá-lo!

-Você vai pagar por isso – Jean ameaçou.

-Se assim for o destino, eu pagarei – retrucou, corajosa. – Nunca fugi de nada da vida, e não fugirei do futuro... seja ele qual for!

~~~~000~~~~

-Nino-chan ligou? – Matsumoto arregalou os olhos.

Eram quatro horas da tarde. Os quatro membros do Arashi que estavam aptos ao trabalho haviam sido submetidos a reuniões de pauta do programa durante todo o dia. Porém, uma hora antes, foram separados em duas duplas para gravarem matérias externas. Enquanto Masaki e Sakurai haviam sido mandados a um zoológico para filmarem o nascimento de um tigre, Jun e Ohno foram mandados ao parque central de Tókio, a fim de entrevistarem pessoas.

-Não pudemos conversar muito – Ohno reclamou. – Por Deus, eu queria tanto ficar ouvindo a voz dele pra sempre...

O coração de Jun condoeu.

-Tudo vai dar certo, Riida! Inferno que a gente tenha que trabalhar, e não pode ficar apenas concentrado no problema de Nino. Mas, na próxima semana, quando Nino-chan voltar ao estúdio, tudo vai ficar mais fácil, pois poderemos conversar no camarim.

-Sim, eu sei.

Ohno sentia-se completamente derrotado. O corpo reclamava a ausência do namorado. À noite ele não dormia, pensando em Kazu. Sentia falta do seu cheiro, da sua forma de fazer amor. Também se preocupava se Nino estava se alimentando direito... se não o estavam maltratando.

-Riida, você viu o script?

Ohno levantou os olhos. A voz de Matsumoto havia quebrado sua linha de pensamentos.

-Não. O que tem nele?

-Querem que a gente faça fanservice...

Pegando os papéis nas mãos, Satoshi leu as linhas demarcadas pela produção. Realmente, os diretores queriam que a cena daquele dia fosse baseada em um carinho exagerado entre os amigos.

-Querem que a gente simule um beijo... – Ohno se surpreendeu. – Não costumam pedir essas coisas na TV!

-Realmente, é estranho. – Jun concordou.

Muito estranho! O mais novo bem sabia que havia momentos para o fanservice. Nos shows, era tudo mais destacado. Na TV, porém, deviam ocorrer insinuações sutis.

-Sei que você não está bem pra isso – Jun observou, encarando o amigo. – Vou pedir pra desconsiderarem hoje...

-Não – Ohno negou. – Vamos fazer! Melhor não irritarmos ainda mais os executivos... afinal, estamos reprisando programas, Nino-chan está “doente”, Masaki e Sho faltaram algumas gravações para irem atrás de informações sobre Audrey... enfim... quanto menos provocarmos a paciência deles, melhor.

Movendo a cabeça, Matsumoto concordou.

-Ok, faremos o beijo então!

Mesmo concordando, aquela sensação estranha não abandonou Matsumoto em nenhum momento durante o dia de gravações. O que o moreno não sabia era que suas atitudes, e as do líder eram observadas ao longe por um sorridente e atento Touga Jean.

Continua...
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 17, 2010 6:47 am

JEEESUS, nao tinha lido dois capitulos
agora que eu li eles juntos,\
quase chorei
o nino quase foi morte pelo pai O-O
eele ligo pro ohno *SUUUUURTA*
amei amei amei, brigada
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 17, 2010 6:25 pm

OMG mais passado d Audrey
ela realmente sofreu mto hein TToTT
ver o irmao sendo estupado daqle jeito
aff q horror

Pô a Melanie nao tinha se tocado q Sakuraiba é um casal? lerdinha ela hein rs

Oh-oh cena d bjo, ideia do Jean
aiai no q isso vai dar?
to curiosaa
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySeg Jan 18, 2010 6:58 pm

amadasss..brigada pelos comentarios, amores^^

O cap que vai completar esse vai mostrar o quanto esse beijo juntoshi vai resolver tudo..hehehe

mtooo obrigada pelos coments^^
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQui Jan 21, 2010 3:22 am

oiaaa /o/ quem tah vivo sempre aparece XD~

Jooooooosy

sinceramente depois de ler esse capitulo eu cheguei a uma conclusão sobre sua pessoa : Não existe a necessidade de falar pra você 'Surpreenda-me', vc faz isso involuntariamente u_u~

O jeito que vc trabalhou a Andrey foi muito bom !

são poucos o vilões que são trabalhados como loucos e com minha experiencia de devoradora de livros.. os com um parafuso a menos são os melhores 8D
Não que ela seje doida, mas 'o modo de pensar' é diferente e explica o por que de tudo.

Finalmente seu jean mostrou as garras. Aquela peste. Num gostei dele desde o inicio e tah aí o porque.. ele não me cheira bem u__u AHHH se ele fizer alguma coisa contra o Sakuraiba.. mato seu personagem o___o

ahh historia deu uma enorme reviravolta... ler quatro capitulos de uma vez foi traumatizante.. me segurei pra naum chorar aqui ...

mas sinceramente senti mais do Jun [poxa.. entenda... ele é meu ichiban]
Jun tah sofrendo pacas com essa historia.. tanto quanto o casal.

Ohmiya... não sei mais o que pensar nesses dois... simplesmente sofre junto... aiai to que nem o Nino... sensivel de mais.

Capitulos perfeitos *---------* mais que perfeitos
Ganbate ne Josy o/
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQui Jan 21, 2010 3:44 pm

Brigadaaaa Bahhh
Rendição está saindo tanto do controle, que os cap simplesmente brotam no meu pc... escritos com rapidez. Ex, hj vou atualizar^^ hehehe

A Audrey é meu xodo..ela ainda tem uns 2 cap de maldade, até começar a ficar tocada pelas coisas que vao acontecer...

Flor..brigada pelo comentario e pelo carinho
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQui Jan 21, 2010 5:56 pm

Rendição

Capítulo XXXIII

Por Josiane Veiga

Nota da Autora: A vida não é cheia de coincidências? Dessa vez, uma triste apareceu. O cap. 33 de Rendição surge numa semana muito triste para todas as fãs de Ohmiya: a suspeita de uma briga entre nosso casal favorito. A Carla do Ohmiya BR disse em seu live algo que trarei agora para a nota: Não sabemos o que aconteceu... mas Ohno está machucado..e por isso está machucando Nino. Aliás, se você está por fora do assunto, meu LiveJournal (josianeveiga . livejournal. Com) traz diversas postagens sobre isso.

Enfim.. como diria o Fabiano: o sentimento deles é forte o suficiente pra enfrentar uma crise. Esperamos que na vida real, o final de tudo seja igual ao final da estória que estou escrevendo... pois queremos crer (e cremos!) que percalço nenhum da vida vai destruir essa linda e pura história de amor.



--------------------------------------------------------------------------------

-Que porcaria é essa? – Uma voz feminina gritou a entrada do camarim do Arashi.

Os quatro membros do Arashi que estavam presentes, guardando suas coisas nas bolsas, olharam em direção a porta.

-Como, Karin-san? – Indagou Masaki.

-Isso! – A japonesa ergueu uma fita de vídeo com as mãos. – Que programa foi esse gravado entre Jun-san e Ohno-san hoje? Quem os mandou ir ao parque de Tókio fazer entrevistas românticas? E quem ordenou que ficassem em atitudes de fanservice um com o outro durante as gravações?

Matsumoto e Ohno se encararam surpresos. Assim que haviam terminado as reuniões do dia, um dos estagiários havia aparecido e os ordenara ir para uma gravação externa. Estranharam aquilo, era verdade, mas não se negaram a gravar.

-Alguém da produção nos mandou fazer isso – o Riida contou.

-Quem? Diga-me quem foi o imbecil que os mandou à rua! Para essa palhaçada, deslocaram dois câmeras e um assistente de produção que deviam estar trabalhando naquele momento em outro programa de entretenimento! Algum de vocês tem idéia do que eu ouvi do meu chefe?

-A culpa não é nossa, Karin-san... – Aiba tentou se justificar.

-Sua, eu tenho certeza que não é – A mulher olhou de forma afetiva para Aiba. – Porém, me pergunto por que esses dois – falou, apontando a dupla Juntoshi – não questionaram a gravação!

-Devíamos questionar? – Jun irritou-se. – Que culpa temos nós se nos deram o script errado?

Karin bufou alguns segundos antes de retornar a falar:

-Quem foi que avisou vocês para gravarem?

Jun tentou puxar pela memória, mas não lembrou imediatamente. No entanto, Ohno pareceu recordar:

-O estagiário novo – contou. – Mas é provável que ele apenas tenha ouvido ordens... – tentou justificar o funcionário.

-Temos uns dez estagiários novos! – Karin berrou. – Qual deles?

-O mestiço – Jun conseguiu se lembrar. – Aquele que tem olhos claros...

-Touga Jean? – Sho enfim se manifestou. – Só podia ser...

O moreno iria dizer mais alguma coisa, mas a frase morreu na boca ao ver a forma como Masaki o observava. Obviamente, Aiba protegia o fã.

-Vocês estão dispensados! – Karin avisou. – Folga até amanhã à tarde! Iremos usar algumas tomadas externas no programa de amanhã, e não vamos precisar da presença de vocês antes do meio dia! – Moveu sua mão, dispensando-os de forma banal.

-E o fanservice de hoje – Ohno pareceu preocupado. – Você vai usar?

-Obvio que não.

-Ah – o Riida suspirou. – Arigatou, né Karin-san...

Sem responder, a mulher deu as costas e saiu do camarim.

~~~~~~000~~~~~~

O dia transcorreu como sempre. O sol fraco despontou no céu, não fazendo a menor diferença naquele clima gelado. Fora da mansão que o senhor Ninomiya havia alugado, grandes blocos de gelo adornavam as árvores. Nevou durante toda a madrugada, e a neve não havia parado na manhã. Agora, quase noite, havia derretido um pouco, deixando o ar ainda mais úmido.

Nino abriu os olhos. Depois da conversa com Ohno, ele guardou o celular no lugar de sempre e voltou para a cama. Audrey continuava lá, imóvel. No entanto, o moreno fez pouco caso da presença da mulher, e deitou-se ao seu lado. Quando acordou novamente, já estava escuro lá fora.

Ergueu-se para ir ao banheiro lavar o rosto. Não conseguiu de imediato. O corpo estava ainda mais dolorido. Ele levantou a camisa para ver a barriga - parte do seu corpo que mais doía - e a encontrou totalmente roxa. Ergueu os dedos e tocou a face. Seu rosto estava muito inchado. Assustado, buscou forças no íntimo, e foi até o banheiro da suíte.

Parado à frente do espelho, permitiu que suas lágrimas escorressem pelo rosto. Quem era aquele que se refletia? Seus olhos eram circulados por uma enorme mancha roxa, e o canto da boca tinha sangue seco (que vazava tão logo era limpo). Em nada aquele que agora se observava lembrava o Ninomiya Kazunari da TV, que fazia tantas meninas suspirarem.

Não que Nino fosse vaidoso. Essa característica combinava mais com Jun. Mas era difícil para ele não se sentir um verme ao ver tanta feiúra. Quanto tempo demoraria até seu rosto voltar ao normal?

-Nino...

A voz de Audrey fez o rapaz olhar para a porta do banheiro. A americana estava parada lá, com uma bandeja nas mãos.

-Sua janta – ela sorriu.

Kazu nem pensou em se opor. Fazer greve de fome não adiantaria em nada a sua situação. Depois que secou os olhos, caminhou até o quarto, e sentou-se na cama. Morgan parecia muito satisfeita em ver-lhe a aquiescência.

-Batatas inglesas cozidas com manteiga – ela mostrou o prato ao rapaz-, com arroz a grega e salada.

Como ele estava bastante ferido, a mulher teve o cuidado de fazer apenas alimentos que fossem de fácil ingestão. Era estranho que ela se preocupasse tanto, afinal eram inimigos.

-Você dormiu a tarde toda... – Audrey comentou o óbvio. – Está se sentindo melhor?

-Estaria melhor se estivesse ao lado dos meus amigos – Nino respondeu, seco.

Por alguns segundos, Kazunari teve a impressão que Audrey iria revidar gritando. Os olhos castanhos esverdeados da morena adquiriram um tom rubro, de raiva. Porém, a reação seguinte dela, surpreendeu-o.

-Você não tem idéia do erro que está cometendo... – disse, contendo um suspiro.

-O que quer dizer? – Nino indagou, levando as batatas a boca com a ajuda de um garfo.

Audrey, apesar de totalmente entrosada com a cultura japonesa, tinha dificuldades com a culinária daquele país. Dessa forma, não cozinhava nada propício ao uso de hachis.

-Nada... – murmurou.

Apesar da palavra, Kazunari sabia que a americana tinha uma segunda intenção. Sua atitude, sua postura e a forma como pronunciou a resposta, deixava transparecer o intuito de colocá-lo em dúvidas...

-Responda logo o que você quer dizer um “erro”! – Ordenou.

-Realmente, não é nada... – A voz doce dela o irritou ainda mais.

-Droga! Diga de uma vez!

-Não fique irritado – ela pediu. – Não quero que se estresse. Você está passando por um momento complicado, e quero que pense unicamente na sua saúde.

-Pare de ficar agindo como se você se preocupasse – Kazu despejou. – Nós dois sabemos muito bem que você só quer minha fama e meu dinheiro.

A americana pareceu magoada com aquela colocação.

-Está enganado – a voz dela foi fria. – Tudo que quero é que pare de ficar sacrificando o amor do seu pai por quem não merece!

Aquelas palavras dúbias enlouqueceram Nino.

-O fato de ficar dando voltas para falar algo - Kazu reclamou -, está começando a me aborrecer!

Dessa vez, foi ela que ficou zangada.

-Quer saber, então? Quer mesmo?

-Quero!

-Estão saiba que, enquanto você estava deitado nessa cama, se recuperando de uma surra que seu pai deu em você por causa do seu amiguinho Ohno Satoshi, o seu líder estava curtindo uma tarde romântica ao lado de Matsumoto Jun!

Aquela história caiu como uma bomba sob as frágeis defesas de Nino. Ele era naturalmente inseguro, acostumado a ser segundo plano na vida das pessoas que o cercavam. Por alguns segundos, ouviu aquelas palavras como se fosse verdade. Porém, logo as negou.

-Que bobagem é essa que está falando?

-Estou apenas alertando-o! Você passou todos esses dias chorando pelo amor de alguém que nem liga pra você!

Não era verdade! Ohno o amava! Não foi o único amigo que teve nos piores momentos de sua vida? Não era Ohno que o embalava nas noites de insônia e pesadelo? Não foi Satoshi que abraçou Nino tão fortemente quanto possível quando o mais novo teve que sair de casa?

-Pare de dizer essas besteiras! – Mandou. – Ohno-san esteve aqui ontem!

-Como?

Kazu sentiu um misto de dois sentimentos ao pronunciar aquilo. O primeiro foi arrependimento, afinal se estava desmaiado, como poderia saber da ida de Ohno? O segundo foi de medo, pois a postura de Audrey era tão firme, que ele não pode evitar pestanejar.

-Ninguém esteve aqui – afirmou, sólida.

-Oh-chan não veio? – De repente, os olhos de Nino começaram a demonstrar a dúvida. – Eu ouvi a voz dele – mentiu, tentando dar uma desculpa para a frase que havia deixado escapar.

-Você sonhou. – Audrey não teve piedade. – Ninguém veio! – Repetiu. – Tirando aqueles seus dois amigos de banda – que afinal de contas, queriam falar comigo e não com você -, ninguém mais se importou. Nem mesmo a sua produtora...

A garganta de Nino começou a doer. Estava tentando conter as lágrimas a muito custo.

-Tente entender – Audrey continuou -, você só tem a mim, e ao seu pai. Deu tanto valor aos seus amigos, mas ninguém se importou com você até agora. – O tom dela agora ela quase agressivo. - Olhe para você! – Ela ordenou. – Está machucado, ferido, abandonado. E quem está cuidando de você? Eu! Somente eu estou aqui agora.

Kazu baixou a face.

-Para a agência você não passa de uma mercadoria que dá lucro. Para seus amigos, uma diversão. Para Ohno Satoshi apenas alguém que vai pra cama com ele, mas que pode ser substituído facilmente – ela continuou. – Mas, para mim, você é especial...

O queixo de Nino começou a tremer.

-Você está errada! Oh-chan me ama...

-Ama tanto que não veio sequer tentar ver você! – Ridicularizou. – Pelos céus, como pode ser tão cego? Lembra de quando eu disse-lhe que o perigo morava naquele tal de Matsumoto? Disse aquilo porque já havia visto que os dois têm um envolvimento... e debaixo das suas fuças!

-Isso é mentira! Jun-chan é meu amigo...

-Eles não amam você, Nino... Nenhum deles! Hoje tentei entrar em contato com os membros do Arashi para pedir ajuda, pois me assustei com a atitude de seu pai. Porém, nenhum deles estava disponível. Enquanto você gemia de dor na cama, Sakurai Sho e Masaki Aiba passeavam no zoológico. Se fosse o contrário, eu duvido que você estivesse tranquilamente passeando por um local qualquer, enquanto seus amigos estivessem sofrendo...

-Eles têm o direito de se divertirem... – Nino murmurou, mais para si mesmo que para ela.

-Você não quer ver a verdade, mas ela é bem óbvia: eles não se importam contigo... – Audrey respirou fundo. – Mas, pior foi Ohno Satoshi. Esse sim, demonstrou o quanto você é insignificante na vida dele. Sabe o que ele fez a tarde toda? Namorou Matsumoto Jun. Os dois se beijaram no parque, sem se importar com as pessoas que passavam pelo local.

Nino moveu a face, negando. Entretanto, o jovem não parecia muito certo das suas convicções.

-Eles não fariam isso...

Então um envelope foi atirado no seu colo, caindo em cima da bandeja com a janta. Kazu afastou a comida de si, colocando a bandeja em cima da mesinha lateral. Pegou, depois disso, o envelope.

-O que tem aqui? – Indagou, temeroso.

-Olhe você mesmo...

O moreno voltou os olhos para o papel. Por que temia ver o que continha? Confiava no amor de Ohno, não? Mas, Audrey dissera com tanta firmeza que Satoshi não havia aparecido na casa... Seria Oh-chan capaz de mentir para Nino?

Não! Ohno não seria capaz disso. Eles se amavam! Satoshi havia chorado ao telefone. Audrey não viu Ohno perante a casa... era isso! Oh-chan havia aparecido num momento em que a morena estava ocupada tomando banho, ou lendo.

Mais corajoso, ele abriu o envelope. Tirou de lá, três fotos. Apesar de ângulos diferentes, Nino percebeu imediatamente o que as três fotografias transmitiam: um beijo entre Ohno e Jun.

Por alguns instantes, Kazu sentiu o coração parar de bater. As lágrimas que a custo ele tentava impedir caíram soltas pelo seu rosto. Não era mentira... Ohno e Jun estavam no parque, em clima romântico. Olhando atentamente as fotos, percebia-se que não havia ninguém da produção em volta; portanto, não estavam trabalhando.

-Consegui o telefone de Ohno, e telefonei para ele. Pedi que me ajudasse a entrar em contato com a sua mãe, para retirá-lo dessa casa... mas o seu Riida me disse que estava ocupado. Perguntei então onde ele estava... disse que iria atrás dele, para conversar, e resolver nossas diferenças. Recebi como resposta apenas o nome de um parque... fui até lá e vi toda a cena decorrer diante dos meus olhos. Eu sabia que você não iria acreditar em mim, então tirei fotos...

Nino não conseguia tirar os olhos das fotografias. Mesmo com as provas nas mãos, ele não queria acreditar.

-Você é lindo, Nino. Não duvido que Ohno sinta desejos por você... mas ele não te ama. O que você faz na cama com ele, Matsumoto também faz. O que pra você é especial, pra ele é apenas casual. Claramente Ohno Satoshi não vai sacrificar sua tranqüilidade para se preocupar com você. E, por isso, ele nem se importou com seu bem estar, ou sua saúde. Quantos dias fazem que está aqui? – Indagou, para segundos depois responder. -Já faz quase uma semana, e ninguém sequer ligou. Seu pai é um homem rude e antiquado, mas ele teria respondido sob você. Entretanto, o telefone não tocou sequer uma vez. Nem eles, nem sua mãe, nem sua irmã... ninguém da sua família, dos seus amigos... ninguém – a mulher repetia com a voz calma, fazendo com que as palavras entrassem dentro da mente de Nino. - Por favor, pare de ficar estragando a sua vida por alguém que sequer telefonou para saber se você está bem...

Nino não sabia como reagir àquelas palavras. Queria negá-las, gritar com Audrey, mas a voz morria ao ver a imagem dos dois membros do Arashi se beijando.

-Por favor, me deixe sozinho... – pediu. – Por favor...

-Tudo bem, meu amor – Audrey foi carinhosa. – Chore o quanto quiser... mas reaja a isso. Eles não merecem a sua dor.

Quando ela saiu pela porta, deixou propositalmente a bolsa com o celular em cima da mesa de canto.

~~~~~~000~~~~~~

Ohno estava sentado na sua cama, observando o porta-retrato com a foto de Nino, quando o celular tocou. Voou até o aparelho, e ao ver o número, quase chorou. Sabia que não podia ligar para Nino, a perigo de a americana perceber que estavam se falando, então tinha que esperar o momento certo do namorado entrar em contato. Porém, aquela espera era angustiante.

-Moshi moshi – murmurou.

Exatos cinco segundos se passaram antes de alguém responder.

-Sou eu, Oh-chan...

Ohno sentiu o coração saltando no peito, quase explodindo de felicidade. Por que o simples som da voz de Kazunari fazia todo o seu corpo se agitar, e um casto sorriso surgir em seus lábios.

-Como você passou o dia? – Perguntou, ansioso. – Estou surpreso que tenha conseguido me telefonar essa hora. Audrey e seu pai saíram?

-Eles estão na sala, conversando...

A voz de Kazu tinha um tom frio, ou era impressão sua?

-Diga-me, Oh-chan – Nino pediu -, como você passou o dia? Trabalhou muito?

Ohno aumentou o sorriso, abandonando as preocupações. Se Nino lhe perguntava aquilo, era sinal que tinha tempo para conversar. Mesmo que não fosse muito, sentia-se a pessoa mais feliz do mundo por pelo menos ter a chance de ouvir aquela voz tão amada.

-Tivemos uma reunião que durou o dia todo. Os executivos querem que fazemos um programa de auditório com provas...

-E depois? – Nino o interrompeu. – O que fez depois da reunião?

Ohno pensou na gravação do parque. Mas, como a mesma não iria ao ar, considerou que não precisava falar dela a Kazu, afinal, para que aborrecer Ninomiya com um assunto tão insignificante?

-Depois? – A mente tentou pensar rápido. – Vim para casa...

Silêncio.

Ohno ficou aguardando Kazunari dizer alguma coisa, mas nenhum som vinha do outro lado da linha. Preocupado que a ligação houvesse caído, o mais velho chamou:

-Nino-chan?

Como se Kazunari houvesse se lembrado da presença de Ohno, respondeu imediatamente.

-Sabe, Oh-chan – permitiu que um riso triste escapasse dos lábios -, eu liguei para Karin-san antes de ligar pra você...

-Nino-chan – Ohno o tentou interromper, mas Kazunari começou a falar de forma mais alta.

-Nossa conversa foi rápida porque ela estava de saída para uma reunião com os executivos da agência – o mais jovem explicou. – Entretanto, Karin-san me falou que você e Jun-san estavam no parque de Tókio hoje à tarde...

-Oh, isso – Ohno tentou desconversar. – Foi apenas um erro de programação. Mandaram Jun-san e eu ao parque, mas não devia ser nada gravado lá...

-É mesmo? – Nino agora deixava transparecer a sua raiva. – Se não deviam gravar nada lá, porque você e Matsumoto-san estavam se beijando?

Tão logo a pergunta foi feita, Ohno levantou-se da cama com o celular nas mãos. Não sabia direito o que responder, porque um assunto desses precisava ser explicado pessoalmente. Nunca fora bom com as palavras, e sempre que tinha que resolver algum mal entendido, usava mais sua expressão facial de inocência do que um discurso.

-Foi fanservice, Nino... – Satoshi começou.

-Fanservice pra quem? Se nada foi gravado, se não havia fãs lá, pra que fanservice?

Ohno começou a suar frio.

-Calma, Nino-chan – pediu. – Deixe-me explicar, Ok?

-Explicar? Não existem explicações, Ohno – Nino o chamou dessa forma propositalmente. – Por Kami-sama, como eu sou idiota! Eu chorei ontem, e me martirizei pensando que você estava sofrendo por minha causa...

-Nino... eu juro por Deus...

-Não precisa jurar nada! – Kazu o interrompeu. – Não o culpo, Satoshi – o moreno suspirou. – Como eu poderia? Matsumoto é mesmo um cara lindo, inteligente... Eu mesmo o mandei ir atrás dele! Nem sei porquê estou ligando agora, e falando essas coisas...

-Pare com isso! – Ohno gritou. – Pare de ficar se depreciando! Eu não tenho nada com o Jun-san, e nunca vou ter!

-Você sempre foi fogoso, e eu não posso sequer beijar você... – a voz de Nino morreu.

-Me escuta! Eu te amo! Mesmo que eu nunca mais possa tocar em você, eu continuaria a te amar...

Ohno não sabia, mas enquanto Nino ouvia aquelas palavras, seus dedos seguravam as fotos que Audrey lhe dera.

-Tenho consciência que não tenho o direito de te cobrar nada, Oh-chan – o murmuro vindo de Kazunari despedaçou Ohno -, mas eu queria que pelo menos você tivesse separado um minuto da sua vida pra me avisar que você estava com outra pessoa...

-Não estou com outra pessoa! Você está me ouvindo? Você ouviu algo que eu disse?

-Sabe Oh-chan? Eu amei você desde o primeiro minuto que eu te vi...

Ohno sentiu os joelhos se dobrarem. Em segundos, estava ajoelhado no chão. Por algum motivo, ele sabia que Nino-chan estava se despedindo.

-E, eu acho que vou continuar a te amar pra sempre... – Kazu continuou. – A vida é engraçada, né? Eu sempre morri de ciúmes de você, e acreditava que jamais poderia te ver partir. Mas, agora eu olho para as minhas possibilidades e vejo que não tenho a menor condição de te fazer feliz... então, estou contente que você tenha encontrado alguém que possa...

-Não diz isso... – Ohno implorou, a voz fraca. – Por favor...

-A gente termina aqui, ok? – Nino tentou parecer carinhoso. – Sem ressentimentos, Oh-chan...

-Não – Satoshi negou. - Não vou aceitar isso...

-Vai ser melhor assim... – Nino tentava não deixar a voz chorosa. – Você vai ser muito feliz, Oh-chan – ele previu. – Você merece...

-Nino... por favor, me escuta... me deixa falar...

-Eu sempre vou te amar, ta? Não esquece disso, ok? E obrigado por tudo que fez por mim, Riida...

Ohno abriu a boca para gritar naquele instante, mas o som contínuo do telefone o alertou que Kazu havia encerrado a ligação. Desesperado, tentou ligar de volta, mas uma voz mecânica disse-lhe que o número chamado estava desligado.

Um choro compulsivo o tomou no mesmo instante em que ele voou até a gaveta, pegou a carteira, e saiu correndo do quarto.

~~~~~~000~~~~~~

Kazunari afundou o rosto no travesseiro. Chorou tanto que sentia todo o corpo - já dolorido pelas pancadas - arder. Agora, porém, não era mais uma dor física. Era uma dor na alma, algo que roubava-lhe as forças, sugando todas as suas energias. Naquele momento, quis morrer. Perder Ohno foi a pior coisa que passou na vida.

Recordando-se da conversa recente, repassou cada frase na mente. Sabia que o coração implorava para acreditar em Satoshi, mas o Riida mentiu-lhe desde o começo. De que adiantava obedecer aos sentimentos agora, e ver, dia após dia, mais provas do envolvimento do ex-amante com Matsumoto?

Batendo o punho contra o travesseiro, o rapaz pensou no porque a vida havia feito isso com ele. Os sentimentos dos pais, ele sabia que nunca possuíra. E isso era algo que cresceu admitindo e ouvindo dos genitores. Mas os amigos e Ohno... realmente, foi surpreendente. Kazunari havia crido com sinceridade que havia amor entre eles...

Mesmo contra todos as razoes que lhe diziam para não amar Ohno, ele deixou que o mais velho quebrasse o murro que o envolvia. Permitiu que Satoshi fosse o conquistando com palavras doces de carinho e amizade... Mas, assim como todos que o cercavam, o Riida também o machucara.

-Mas eu não o culpo... – Nino gemeu.

Que culpa tinha Satoshi? Era jovem, bonito e rico. Estava apenas aproveitando a vida ao lado da pessoa mais linda da banda.

Levando a mão até o rosto inchado, Nino meditou que, agora mais que nunca, a concorrência era desleal.

Secando o rosto com o lençol, o moreno se preparou para a próxima batalha. Começou a discar o próximo número. Dessa vez, a demora para atender foi maior. Demorou cerca de seis toques até alguém retirar o telefone do gancho.

-Sim?

-Jun-san – Nino disse. – Sou eu, Kazunari...

-Nino! – Matsumoto gritou, aparentando estar feliz. – Que bom poder falar com você...

-Vou ser breve, Jun-san – Nino o interrompeu -, pois Audrey está voltando logo para o quarto...

Aquiescendo, Matsumoto compreendeu.

-Conversei com Oh-chan agora... – Nino contou. – Eu já sei de tudo...

-Tudo o quê?

-O que aconteceu entre vocês...

O coração de Jun quase parou de bater. Ohno havia contado a Kazu sobre a confissão que Jun havia feito? Contou a Nino sobre a forma como Matsumoto o beijou no apartamento de Aiba?

-Nino-chan...

-Não estou ligando pra recriminá-lo, Jun-san – Kazunari disse, pacifico. – Nem ao menos minha intenção é brigar pelo que já está feito...

-Você está falando...

-Do beijo. – Nino completou.

Matsumoto tentou respirar. Nunca pensou que Ohno havia contado seu pecado a Kazu. Sentia-se envergonhado, humilhado...

-Não tenho palavras pra me desculpar, Nino-chan... – tentou falar. – Por favor, me perdoe. Eu sei que agi como um falso amigo, aproveitando-me do fato que você não estava presente... mas, acredite-me, foi involuntário.

Naquele instante, Matsumoto confirmava a Nino que Ohno havia mentido. O mais novo membro do Arashi sentiu-se confuso ao ouvir o choro de Nino. A culpa que sempre o acompanhou por aquele breve momento com Ohno, agora se intensificou.

-Nino-chan... – tentou falar.

-Faça-o feliz, ok? – Nino disse, ainda chorando. – Se você o fizer sofrer, juro que nunca vou perdoá-lo.

-Nino – Jun estava muito espantado. – O que você quer dizer?

-Oh-chan e eu não estamos mais juntos... – Nino explicou. – É a sua chance...

-Você terminou com ele por minha causa? – Jun o interrompeu. – Não pode ter feito isso... – o moreno negou com a face.

-Ora, não vamos mais fingir... – Nino murmurou. – Eu vou desligar agora...

-Não! Espere! Ohno-san não teve culpa pelo beijo... eu fui o único culpado!

-Mas agora ninguém mais precisa sentir culpa. Estão livres para ficarem juntos durante o tempo que quiserem.

E com aquela frase claramente magoada, Kazunari desligou o telefone.

~~~~~~000~~~~~~

Os dedos de Masaki deslizaram pelos cabelos negros de Sho. Estavam deitados no sofá, com as pernas enroscadas, assistindo a um programa qualquer na televisão. Assim que sentiu o toque do namorado, Sakurai sorriu e beijou-o no rosto.

-Estou cansado, Sho-kun... – o murmuro de Aiba fez Sakurai rir.

-Não pedi nada...

-Sua boca não, mas uma outra parte do seu corpo está pedindo.

Sakurai gargalhou perante a frase.

-Não tenho vontade de assistir televisão... – reclamou.

-Estou cansado... – Masaki repetiu, categórico. – Eu adoro gravar nos zoológicos, mas não sei por que, tenho uma sensação tão ruim me perseguindo o dia todo, que a gravação se tornou um fardo.

-É por causa da sua preocupação com Nino-chan... – O moreno o tranqüilizou. – Amanhã vamos novamente até Nino?

-Iria te pedir isso – Masaki sorriu. – Estou muito ansioso para ver Nino-chan...

Sakurai suspirou, triste.

-Pobre Oh-chan... Tenho certeza que ele é quem mais está sofrendo...

A resposta que o loiro pensou em dar foi impedida pelo toque de seu celular. Sem sair do sofá, ele estendeu a mão até a mesinha lateral. Sorriu ao ver o número.

-Hai, Mel-chan? – Cumprimentou. – Como está?

-Aiba, eu preciso de dinheiro.

Masaki arqueou as sobrancelhas. A loira francesa sequer o saudou. Isso que era ir direto ao assunto!

-Quanto? – Masaki perguntou.

Melanie Vardin não pode deixar de notar o fato de que Aiba sequer questionou os motivos. Sorriu, e respondeu. Esperou então que o amigo indagasse o porquê dela precisar de tanto dinheiro, mas, mais uma vez, ele a surpreendeu.

-Levo para você amanhã às nove. Pode ser?

-Você não vai me perguntar por que estou te pedindo dinheiro?

-Não precisa, Mel-chan. Eu confio em você.

A loira sentiu o coração saltar no peito. Tentou controlar as emoções.

“Ele ama Sakurai Sho”, disse para si mesma.

-Vou te devolver, ok? – Ela avisou, e desligou o aparelho.

Aiba ainda ficou alguns segundos encarando o telefone. Não gostava de conversas misteriosas, mas era paciente. No dia seguinte, descobriria os motivos de Melanie.

-O que ela queria? – Sho questionou, carrancudo.

O loiro olhou o namorado, e sorriu. Por que esse Sakurai tão ciumento e possessivo se tornava igualmente tão lindo?

-Nada de importante – suspirou. – Você vai comigo amanhã até o apartamento de Mel-chan?

-É óbvio...

Masaki abraçou Sakurai.

-Não fique com essa cara feia – pediu. – Eu te amo, bobo...

Mordendo o lábio inferior, Sho não resistiu e reclamou:

-Por que você a chama de "Mel-chan"? Aquela mulher não é nada nossa.

-É minha amiga!

-Você mal a conhece!

-Bom, quem dormiu com ela foi você – Masaki acusou. – No entanto, acho que eu a conheço melhor do que você, Sho-kun...

Não querendo se recordar dos momentos que esteve com Melanie, Sho desistiu do assunto. Sem nenhuma palavra, voltou os lábios aos do namorado e o beijou com paixão. Recebeu a resposta imediatamente. Logo os dois se espremiam um contra o outro, como se quisessem se fundir num só.

-Inferno! – Sho reclamou quando o som do celular voltou a tocar. – Desligue essa merda!

-É Jun-chan... – Masaki olhava no visor. – Não vou desligar o celular na cara do meu amigo!

-Então deixa que eu faço!

Roubando o telefone das mãos de Aiba, Sho atendeu.

-Matsumoto, você já ouviu falar de vida sexual ativa? Sabia que é deselegante ficar ligar à noite para um casal?

Aiba riu, mas o sorriso morreu nos lábios ao notar o olhar de Sho. O namorado ouvia algo que Jun dizia do outro lado da linha.

-Aconteceu alguma coisa? – Perguntou ao amante.

Sakurai levantou a mão, pedindo tempo. Continuou a ouvir Jun, deixando Masaki cada vez mais preocupado.

-Acalme-se, Jun-san – Sho pediu, agitado. - Já tentou falar com o Riida?

Masaki sentia-se cada vez mais agoniado pela seriedade do assunto.

-Como assim ele saiu e não disse para a mãe aonde iria? – O Rapper assustou-se. – Como? Não, você não pode ir lá sozinho, Jun-san! Ok...Ok... me escuta: Aiba e eu estamos indo agora pra lá, ok? Você nos encontra lá!

Tão logo disse isso, desligou o celular.

-O que houve? – Masaki indagou, ansioso.

-Tire o pijama e coloque roupas quentes – Sho ordenou. – Nós vamos sair...

Continua...
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySex Jan 22, 2010 12:03 am

Aaaaaa Audrey sua mentirosaaaa
Nino nao caia na labia dela
Nino pq vc fez isso? flou p/ o Jun q ele o Ohno agora podem ficar juntos
Pq vc agiu assim c/ Oh-chan?
Naaaaaoooo
Isso vao rapido atras do riida
e do Nino tbm
isso precisa ser resolvido logo
*aflita*
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySex Jan 22, 2010 3:19 pm

Oi Nara...

deixa eu explicar esse sentimento do Nino:
Imagine então o Nino, sabendo o quanto o Jun é bonito... e sabendo o quanto ele mesmo está feio, ferido, etc... e já não tendo a autoestima lá muito boa... imagine como ele se sentiu ao ver as fotos.
Toda a atitude do nino, apesar de revoltante, tem base. Ele é uma pessoa insegura, cresceu sem carinho, sem sentimento daqueles que deviam ama-lo... então ele conhece 4 amigos... ele se apaixona por esses amigos, um deles passa a ser mais que especial.... mas entao ele descobre uma mentira e tal
LEVANDO isso em conta, quem você acha que ele culpa? A si mesmo. O meu Nino, de Rendição, crê de forma firme que ele não merece ser amado. O motivo, nem ele mesmo sabe... mas ele acha que é assim.

E na cena anterior a visão das fotos, nós temos a Audrey dizendo o que pra ele: "sua mãe...sua irmã... ninguem ligou".. ou seja... os que são de sangue, nao se importaram. Depois ela parte pros mais proximos "seus amigos... ninguem veio... estavam passeando... Jun e Ohno no parque namoando..."... O que Nino pensou: "Eu não mereço ser amado mesmo..então, nada mais natural que eles me esqueçam..."...


Mas o prox. cap vai ser mto mais leve e bom^^
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySáb Jan 23, 2010 6:39 am

NOFFA
vo da um tiro na audrey o-o
maldita D: fico cuidando buntiin dele
pra depois falar uma mentira desse nivel
como ela é baixa u_u
e eu acho que eu entendo o Nino, ele não queria que o Ohno ficasse se prendendo ao Nino
sabendo que o Jun esta a "disposição".
aah. coitado TTOTT
boom, amei esse cap. tambem :D
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySáb Jan 23, 2010 11:15 pm

aaaaaaaaaaaaaaaaaah que mara *----------*
eu comecei a ler essa fic ontem a tarde e não consegui mais parar!!!
é definitivamente uma das melhores fics q já li...!!!
é simplesmente INCRÍVEL
é apaixonante *-*
impossível não se emocionar com o enredo

eu amo Ohmiya e amo Sakuraiba
e acho incrível a forma como vc consegue abordar os dois casais sem deixar nada de lado!!!
é EMOCIONANTE
já chorei várias vezes, ri muito e tentei desesperadamente decobrir todas as tramas da estória

tenho que confessar
estou apaixonada por essa fic
vc aborda vários temas com simplicidade e sabedoria
sempre sem fugir do assunto principal
eu realmente estou sem palavras (apesar de ter escrito muito) pra dizer o quanto eu amei sua estória
DE VERDADE
muito obrigada por postá-la aqui!!
mal posso esperar pelo próximo capítulo!!!
*-----------------------*

adorei demais¹²³
obrigada denovo

aaah e não se preocupe com os erros de português, são poucos
=DDDDDDDD

valeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu *-----------*
s2
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 24, 2010 1:54 am

Mii

Desespero. Audrey está perdendo a guerra e ela sente isso. Ela nao consegue quebrar a resistencia do Nino, e faz de tudo para se aproximar. Ela esperava que Nino se achegasse a ela apos a surra, mas ele nao fez isso.. ela nao vai deixar de agir...hehehe
Muitooo obrigada pelo comentario amor^^

Naty:
Amor, nossa, sem comentarios. Fiquei emocionada aqui. Sinceramente, com 33 cap, eu nao esperava que mais ninguém fosse começar a ler rendição..tipo... continuaria a ter os mesmos leitores..pq tanto cap assim, realmente, deve ser cansativo...
Mas... mtooo obrigada pelas suas palavras..
Espero que você continue acompanhando...as piores coisas agora já passaram e Rendilção se encaminha pro fim^^
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 24, 2010 7:30 pm

*-----------*
eu amei de verdade e gostaria que vc soubesse =DD
eu escrevia fics então eu sei o quão importante pra um autor é
saber q as pessoas estão realmente gostando =DDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
AMEI MUITO³¹²³¹²³

como eu achei o começo muito bom, eu decidi continuar
nunca é tarde pra começar neh? :D
não sei se vc releu tudo de uma vez o q vc já escreveu, mas como eu fiz isso então devo dizer que a quantidade de caps é realmente grande, mas garanto que n está cansativo, sempre tem alguma coisa nova num cap e isso só deixa a estória mais emocionante!!!!!!

falando nisso, quando sai o próximo??
=DDDDDDDDD
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 24, 2010 9:20 pm

Oi flor
Sim, eu ja reli umas mil vezes..kkk.. eu particularmente adoro reler... mas eu sou a "mae coruja" ne? hehehe
Como leitora, nao sei se teria vontade.kkkk

Amor, mtooo obrigada d coração...
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyTer Jan 26, 2010 11:50 pm

Josiane Veiga escreveu:
Oi flor
Sim, eu ja reli umas mil vezes..kkk.. eu particularmente adoro reler... mas eu sou a "mae coruja" ne? hehehe
Como leitora, nao sei se teria vontade.kkkk

Amor, mtooo obrigada d coração...
ah eu sinto vontade siiiim *-*
*e como sinto*
xDD
com certeza é mamãe coruja, mas pelo visto ser mamãe coruja dá muito certo
ah fic fica maravilhosa, não tem nenhuma brechinha na história *-*
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQua Jan 27, 2010 3:05 pm

nossaaa amor...brigada^^
eu tento cuidar muito isso...não gosto de deixar furo. O problema é que as vezes a gente esquece e deixa passar algo.
O prox. cap ta bem emocionante^^
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyQui Jan 28, 2010 8:15 pm

Rendição

Capítulo XXXIV

Por Josiane Veiga



--------------------------------------------------------------------------------

-O senhor quer que eu o aguarde?

Ohno voltou os olhos para o motorista do táxi, enquanto lhe pagava a corrida. Moveu a cabeça de forma negativa, ignorando totalmente o olhar atônito do homem que sequer podia imaginar os motivos do rapaz famoso ter pedido que o levasse até o meio do nada, aos pés de uma montanha, à noite.

-Tem certeza? – Insistiu, assim que o rapaz saiu do carro.

No entanto, Satoshi não o ouviu. O Riida nem ao menos olhou para atrás. Seus pés pareciam flutuar, e o rapaz não conseguia ver com clareza o que tinha a sua frente. Instintivamente, foi seguindo o caminho da estrada que levava a casa em que Nino estava. Apesar da escuridão reinante, Ohno não hesitou nenhuma vez e continuou a caminhar com os passos firmes.

Para proteger a privacidade de Nino, havia pedido que o motorista parasse alguns metros antes, num local da estrada em que não se pudesse avistar a residência. Entretanto, assim que viu o veículo se distanciando, percebeu que não teria como voltar para casa.

-Não importa... – murmurou para si.

Assim que encontrasse Nino, o pegaria nos braços e o levaria embora. Nem que para isso precisasse voltar andando para Tókio, com o mais novo nas costas.

Como ele faria isso era algo que até mesmo o líder do Arashi desconhecia. Desde a ligação de Nino, o desespero o estava movendo. A desesperança na voz de Kazunari, quando terminou o relacionamento deles, fez Ohno notar que a situação não mais poderia perdurar. Tirar Nino-chan do pai seria afrontar a agência que escolhera o genitor de Kazu para ser quem o cuidasse durante o restabelecimento; no entanto, Ohno preferia perder a carreira a Nino.

Afundou o pé esquerdo na neve fofa, e fechou o casaco. O clima estava gelado, e ele sentia muito frio. Tentou caminhar de forma mais rápida, pois apesar de os flocos que caíam do céu serem pequenos, havia o perigo da nevasca se intensificar.

Por sorte, em poucos minutos subiu pela varanda da enorme residência. Mal podia acreditar que Nino estivesse a poucos metros de si. Estava tão ansioso para ver Kazu que pousou a mão na maçaneta da porta, sem se importar em bater. Só percebeu o que fazia quando a mesma não abriu. Percebendo-a trancada, ele começou a bater com força na madeira.

Cinco minutos se passaram, e ninguém apareceu.

Voltou os olhos para as janelas. As luzes estavam apagadas. Não tinha idéia de que horas eram, mas não achava que fosse tão tarde. Mesmo assim, pareciam que todos já estavam dormindo.

-Nino-chan – gritou.

Voltou para a neve, e parou abaixo da janela que, da outra vez em que estivera ali, achou que fosse de Kazunari.

-Nino-chan! – Gritou mais alto, sem se importar que alguém o ouvisse. – Apareça!

O silêncio foi sua resposta. Sentiu os olhos inundarem-se pelas lágrimas.

-Nino! – A garganta ardia.

Desesperado, fez uma pequena bola com a neve que estava ao chão, e lançou-a contra a janela. Sentiu um alívio imenso quando percebeu que, uma a uma, as luzes da casa começavam a se acender.

-Nino! – Repetiu, como se precisasse confirmar sua presença. – Eu te amo... – confessou, sufocado pela angústia.

A porta frontal, então, abriu-se. Infelizmente, não era Kazunari que aparecia sob suas vistas, e sim o senhor Ninomiya.

-O que quer?

O pai de Kazu vinha vestido com um pijama azul, enrolado por um casaco de peles. Parecia possesso de raiva, mas Ohno não se importou.

-Quero ver Nino-chan! – Avisou ao outro.

No seu desespero não conseguia sequer perceber a atitude inconseqüente que tomava. Não importava o olhar zangado do homem à porta da casa, nem ao menos a situação absurda. Ohno só olhava da janela a porta, tentando ver qualquer sinal de Kazu.

-Me deixe passar! – Ordenou ao Sr. Ninomiya. – Quero ver seu filho.

-Você está drogado? – O mais velho indagou, percebendo o estado transtornado do rapaz e seus olhos vermelhos. – Já disse que não verá mais meu filho! – Rugiu, revoltado. – Vá embora agora daqui! Deixe-nos em paz!

Atrás do senhor Ninomiya era possível distinguir uma escada de madeira. O som de passos vindo daquele local causou um sentimento de esperança ao rapaz. Porém, a emoção logo se findou com a visão de uma mulher. Era Audrey, que surgia a sua frente.

-O que está acontecendo? – A moça questionou. – Não se pode mais dormir em paz! – Seus olhos voltaram para Ohno. – O que você quer?

Por que ela dava-lhe tanto medo? Ohno impediu as pernas de darem um passo para trás. Tinha que permanecer firme perante aquela estrangeira.

-A culpa é sua! – Ohno gritou, apontando o dedo indicador para Audrey. – O que você disse para Nino-chan?

A sobrancelha fina e negra dela elevou-se, numa atitude desafiadora.

-O que eu fiz? Por que não olha para suas próprias ações? Não fiz nada, quem fez foi você! – Ela acusou.

Ohno negou com a face.

-Foi uma armadilha, não? Você armou para aquela gravação no parque!

-Armar? Como eu poderia obrigar você e Jun Matsumoto a se beijarem?

O pai de Nino pareceu horrorizado. Mas a morena sequer o olhou.

-Chega disso! – Disse a americana, firme. – Vá para casa, Ohno Satoshi. Não a ninguém aqui pra você! Kazunari já decidiu!

-Não vou embora antes de conversar com Nino-chan!

-Ele não quer falar com você.

Satoshi recuou até a janela. Ergueu os olhos, e voltou a gritar.

-Nino-chan... me escuta: foi uma armadilha...

Nada.

-Você não percebe o quanto está ridículo agindo assim? – Audrey suspirou, encostando-se no batente da porta.

-Nino! – Ohno voltou a gritar, ignorando-a. – Pense em tudo que já passamos juntos! Você crê mesmo que eu seria capaz de trair você?

A cortina que cobria a janela de vidro sequer se mexeu.

-Apareça Nino! – Insistiu. – Você prefere acreditar nessa mulher que já o manipulou e armou pra você, do que em mim, que estive do seu lado a vida toda.

Audrey riu.

-Vai negar que beijou Matsumoto? – A voz dela provocou.

-Foi fanservice! – Ohno respondeu. – Nino! – Voltou-se para a janela. – Se você realmente me ama, apareça agora! Por que eu não vou ficar tentando provar a verdade para você! Decida em quem você vai acreditar, porque se eu for embora agora, não vou voltar nunca mais!

Satoshi realmente não sabia se cumpriria àquela promessa, mas estava se sentindo cada vez mais ferido por ver o sorriso irônico de Audrey e Ninomiya à porta, enquanto Kazunari sequer era capaz de aparecer na janela.

Os olhos tentaram decifrar qualquer movimento na abertura, mas não havia nenhum indício de uma presença humana. Humilhado, Ohno começou a andar devagar para trás, sentindo-se machucado e diminuído.

Isso era o fim? Então todo o amor que haviam vivido não foi capaz de suportar as provas da vida? Na primeira desconfiança, Kazu o acusou, sem dar-lhe qualquer chance para se explicar!

Ohno sentiu uma dor no peito absurda, e levantou a mão, tocando naquele lugar. Continuou dando passos para trás, tentando não desabar perante aquela gente que ria dele e dos sentimentos que ele nutria.

Foi então que um pequeno balanço apareceu na janela. Os olhos de Ohno adquiriram um brilho especial, e, como um felino, tentou avistar Kazu. Um pequeno pedaço da cortina foi afastado. Aquela mão fofa e pálida, que ele já havia beijado tantas vezes, Satoshi reconheceu de imediato... mas, havia algo errado!

Forçou a vista. A luz do quarto estava acessa, mas a forma como a janela fora projetada não dava para definir se a mão de Kazu estava com uma sombra por cima, ou se era uma mancha roxa. A parte de cima então foi levemente puxada, e, mesmo com o rosto protegido pela cortina, Ohno viu os olhos negros do amante.

Quantos dias fazia que não via aquele olhar? Por Deus, o líder do Arashi amava aqueles olhos escuros, tão límpidos e doces. Percebeu lágrimas, e quase chorou junto.

-Eu amo você – gritou. – Acredite em mim, por favor. – Ainda tentou.

-Saia daqui! – A voz do pai de Nino chegou-lhe aos ouvidos. – Vou chamar a polícia se não for embora!

Mas Ohno não reparou nas palavras. Com os olhos fixos, ele viu Nino retirar a mão da cortina para secar os olhos.

...E então aconteceu.

Foi rápido, mas Ohno percebeu o rosto de Nino assim que a cortina se balançou. A face de Kazu estava completamente machucada, e Satoshi foi capaz de sentir o coração quase parando de bater.

Por alguns segundos, sua boca abriu como se buscasse ar. Então ele deixou a janela, e voltou-se para o Sr. Ninomiya.

-O que fez com Nino-chan?

Até aquele momento, a morena encostada à porta se mantinha numa atitude arrogante, vitoriosa. Mas, ao ouvir a pergunta, sua postura mudou. E, mesmo tendo aquela ação ter sido discreta, não passou despercebido aos olhos de Onho.

-Você machucou Nino-chan? – Ohno indagou, a voz completamente transtornada. – Como se atreveu?

Para sua surpresa, o pai de Nino não negou. Ao contrário, um sorriso despontou nos lábios secos.

-Um pai faz o que pode para salvar o filho...

Uma fúria cegou Ohno ao ouvir aquilo. Aquele homem, que havia posto o filho para fora de casa ainda adolescente, e que jamais havia dado qualquer tipo de apoio e afeto àquele que gerou, ainda tinha coragem de dizer-lhe aquilo!

O Sr. Ninomiya não esperava qualquer agressividade do calmo e pacífico Ohno. Quando o viu avançar, creu que o rapaz começasse despejar palavras de recriminação; entretanto, Satoshi sequer abriu os lábios. O punho fechado dele atingiu diretamente a face do mais velho.

-Seu moleque filho da...

A voz masculina foi interrompida por outro soco. Realmente o homem não esperava que aquele menino magro e aparentemente sem força física, tivesse a audácia de afrontá-lo.

Ao longe, Audrey observava o embate com a postura de uma deusa que não se importa com os míseros humanos que ali batalhavam. Com sinceridade, ela não tinha torcida, pois passou a odiar o pai de Kazu tão logo viu-lhe a violência. Era verdade que não o culpava, pois entendia seu desespero em ajudar o filho, mas também não conseguia ter mais simpatia por ele, desde que o primeiro gemido de dor escapou dos lábios daquele a quem ela amava.

Tão logo recuperou-se do susto pela reação de Ohno, o Sr. Ninomiya também avançou. Devolveu o soco a Ohno, e o fez cair na neve fofa.

-Ei! – Uma voz ao longe se fez ouvir. – Não toque no Riida.

Era Jun. De onde ele havia saído?

Satoshi levantou os olhos e viu dois carros parando próximo a ele. O primeiro, guiado por Matsumoto, freou bruscamente e Jun saiu do veículo numa corrida rápida. Em segundos estava ao seu lado.

O segundo veículo era dirigido por Sho. Tão logo estacionou, Aiba e Sakurai também vieram até ele. Vendo-se em menor número, o pai de Nino enfim recuou.

-Você está bem, Ohno-san? – Sakurai ajoelhou-se ao seu lado.

-Temos que tirar Nino-chan daqui! – Ohno disse, apressadamente, sem se importar com seu próprio estado.

-Não podemos, Oh-chan – Aiba murmurou. – A agência...

-Nino-chan está ferido. O pai dele o agrediu... – o líder explicou rapidamente, interrompendo o amigo.

Então ficou claro para os três membros o desespero do seu Riida. Ohno jamais se zangaria daquela forma se não fosse por um motivo sério.

-Ok! Vamos pegar Kazu-san e vamos embora – Jun disse, sério. – E que se dane os executivos! Nino-chan é um de nós, e não podemos ficar passivos enquanto ele sofre nas mãos desse monstro.

Os quatro amigos concordaram instantaneamente com a opinião do mais novo. Levantando Ohno do chão, eles seguiram firme até casa.

-Vocês não vão passar! – O pai de Nino postou-se a frente.

Naquele instante, Morgan também bloqueou a porta.

-Vamos sim! – Sakurai tomou a dianteira.

Todos os membros do Arashi sabiam que Sho era incapaz de bater numa mosca. Porém, ele tinha mais músculos que todos os outros juntos. Apaixonado por malhação, seu corpo era tão másculo que causaria receio em qualquer um.

Pegando o pai de Nino pela camisa, tirou-o da porta.

-Não costumo bater em velhos – falou, arrogantemente. – Mas juro que acabo com sua raça se tentar interferir!

O pai de Nino até tentou se desvencilhar, mas Sho o prendeu forte. Diante da porta, agora apenas Audrey tentava bloquear a passagem.

-Vão embora daqui, malditos... – Ela berrou. – Essa é uma propriedade privada, e vocês não tem direito...

-Por Kami-sama! Cale a boca! – Jun gritou, interpretando seu melhor estilo badboy.

Incrivelmente, a morena foi mais difícil de conter que o Sr. Ninomiya. Baixa, magra e sem massa muscular, ninguém esperava que ela dificultasse tanto. Muito menos Ohno. Sentiu quando ela avançou-lhe no rosto, e tentou golpeá-lo. A unha dela fez um pequeno risco de sangue em sua face.

Naquele instante, Masaki a agarrou, mas Audrey esperneou tanto que Jun teve que ajudá-lo.

-Essa mulher está possessa por demônios? – Matsumoto gritou, tentando segurar as pernas.

Foi difícil, mas eles conseguiram mantê-la presa. Mas a tarefa era árdua, pois a morena não parava de se mexer.

-Vá atrás de Nino-chan – Jun ordenou a Ohno. – Traga-o rápido porque está difícil conter essa daqui – apontou Morgan com a cabeça.

Ohno saiu em disparada. Subiu os degraus de dois em dois, e pouco depois já se encontrava no pavimento superior. Quarto por quarto, ele procurou por Kazu, até chegar a última ala daquele corredor. Infelizmente, o único quarto que não havia investigado, era um que estava trancado.

-Nino-chan! – Bateu na porta. – Abra...

Ouviu passos vindo em direção à entrada. Então ouviu a voz claramente fraca de Nino, num sussurro.

-Não tenho a chave... Audrey fechou antes de sair...

O que havia acontecido com a voz de Kazu? Por que não percebeu no telefone o quanto ela parecia baixa e machucada? Aquele desgraçado do pai de Nino havia-o tentado estrangular?

-Espere um pouco! – Pediu. – Vou procurar a chave...

-Oh-chan... – Nino o fez estancar. – Meu pai machucou você?

Só então Ohno percebeu que seu nariz escorria. Não era nada grave, realmente. Porém, era provável que de onde Nino estava, não podia ver com clareza o que acontecia lá em baixo.

-Não. – Respondeu. – Espere-me – pediu, mesmo sabendo que Nino não podia ir a lugar nenhum.

Correu pelo corredor, resoluto em descer pelas escadas e obrigar Audrey a lhe entregar a chave. Mudou de idéia, porém, ao ver um pequeno machadinho na parede.

Eram os equipamentos anti-incêndio.

Pegou aquele instrumento rude nas mãos e correu novamente até a porta. Tão logo lá chegou, gritou a Kazu:

-Saia de perto!

E então bateu com a ferramenta na fechadura. Depois de cinco golpes, percebeu que quebrava a porta. Com um pouco de esforço, foi capaz de abri-la.

Entrou no quarto. Procurou Nino com os olhos, e o viu agachado ao lado da cama, cobrindo o rosto com as mãos.

-Nino-chan – o chamou. – Vamos embora!

O coração parecia saltar do peito. Um misto de sentimentos o dominava. Raiva e ressentimento por Kazunari haver terminado o relacionamento. Amor e ternura ao perceber aquele corpo frágil, tentando se proteger ao lado do leito.

-Vem, Nino! – Chamou.

Nada. Kazu não se mexia. Ohno já estava preocupado, quando ouviu seu nome:

-Oh-chan – falou, com sua voz baixa. – Não posso ir! – Negou. – A agência nos demitiria... – explicou. – Não quero prejudicar a carreira de todos vocês...

-Deixe de besteira! – Ohno se aproximou. – Vamos embora.

Pegou no braço de Nino tão logo pronunciou a frase. Assustou-se perante a reação do ex namorado. Seu gemido alto fez Ohno levantar a manga da camisa.

O braço estava totalmente machucado.

-É isso que quer? – Ohno se revoltou. – Quer continuar apanhando do seu pai? Vamos embora agora!

Culpou-se pelas palavras duras ao ver o tremor do corpo a sua frente. Nino estava chorando de forma mansa, como se tentasse conter as lágrimas.

-Gomen – suspirou.

Levantou as mãos e tentou pegar no pulso de Nino, afastando as mãos de Nino do próprio rosto. Todavia o menor permaneceu firme e não deixou-lhe puxar a mão.

-Nino...

-Não olhe pra mim! – O tom elevou-se. – Não quero que veja meu rosto!

-Por que, Nino?

-Está deformado! – Disse, subitamente.

Ohno sentiu os olhos se encherem de lágrimas.

-Está machucado, mas vai ficar bom... – consolou.

-Jun-san está aqui também, né? – Nino o interrompeu. – Não quero que ele me veja assim...

-Ele é seu amigo, Nino...

-Não do jeito que eu pensei que fosse...

A acusação era clara. Nino não acreditava neles. Aquilo enfureceu Ohno. Esquecendo-se da sua conduta calma e compreensível, ele puxou com força as mãos do mais novo. Um pequeno grito histérico escapou dos lábios de Kazu, que tentava proteger a face dos olhos de Ohno de alguma forma, mas sem sucesso.

-Vamos embora! – Ohno gritou.

Nunca Nino havia visto Ohno em tamanha fúria. Ele parecia prestes a avançar contra o outro. Ohno o puxou com força pelo braço e o fez ficar de pé. Começou a caminhar rapidamente em direção a porta.

Contudo, Nino estava machucado e não conseguia andar apressadamente. Tão logo tentou, seu corpo reagiu e ele perdeu a força nas pernas. Desabou no chão, aos pés de Ohno.

Levantou os olhos para o Riida, e não conteve as lágrimas ao notar a forma fria que Ohno o olhava. Realmente, como o líder poderia sentir qualquer ternura por uma coisa tão horrorosa como ele?

-Me deixe aqui – ordenou. – Não consigo caminhar... então me deixe... – tentou manter o orgulho.

-Baka – Ohno xingou-o. – É o que você merecia! – Gritou. – Mas, felizmente pra você, eu me importo demais para simplesmente virar as costas e ir embora!

Em segundos, Nino viu-se sendo levantado do chão. Ohno o carregava como se ele não pesasse mais que algumas gramas. Cada centímetro do corpo de Kazu reagiu a proximidade das peles. Pelos céus, ele amava Ohno... e não conseguiu evitar de aconchegar-se ao peito do outro, aspirando seu cheiro cítrico.

Fechou os olhos e mandou o resto as favas. Sabia que Ohno descia as escadas, e depois saia da casa. Notou também a voz de Aiba, e uma discussão ao longe... era Jun? Por que ele gritava? Sentiu quando Ohno entrou em um lugar quente... o carro de alguém, e percebeu que em nenhum momento Oh-chan o deixou.

Só então abriu os olhos. Notou o carro em movimento, e reconheceu o ambiente como o automóvel de Jun. Porém, Matsumoto não era visível, pois tanto ele, quanto Satoshi estavam no banco traseiro.

Sua cabeça ainda estava deitada no peito arfante do homem a quem ele amava. Quis levantar os dedos e acariciar aquela pele quente, mas reprimiu-se.

Então viu Ohno baixando os olhos e o observando...

O mundo parou naquele instante...

Nunca havia visto aquele olhar tão calculista e sem expressão.

-Eu te amo... – Nino apenas moveu os lábios, sem emitir nenhum som e buscando desesperadamente que os olhos do antigo Oh-chan voltasse para ele.

Mas não houve resposta. O olhar de Satoshi continuava duro e frio. Desviou os olhos e olhou para frente, deixando Nino confuso.

-Acha que devemos levá-lo ao médico? – O Riida questionou alguém, ignorando totalmente a Nino.

-Não sei – Matsumoto respondeu. – Creio que o melhor é o levarmos até o apartamento de Aiba e só depois decidir o que fazer.

Assentindo com a cabeça, Ohno continuou firme na sua postura. E tudo que Nino pode fazer foi apertar-se mais contra o tórax do homem e chorar baixinho.

~~~~~~000~~~~~~

Kazunari não percebeu quando pegou no sono. Estava tão esgotado psicologicamente que simplesmente apagou no colo de Ohno. Quando abriu os olhos novamente, notou que estava no quarto de hóspedes da casa de Masaki.

Percorrendo a suíte com o olhar, observou que estava sozinho. Tudo se mantinha tão calmo e tranqüilo que, se não fosse pelas marcas no seu corpo, acharia que o inferno dos últimos dias não havia passado de um simples pesadelo.

De repente, a porta abriu.

Instantaneamente, Nino sentiu o coração saltando no peito. Sorriu para a figura de Ohno que entrava. O Riida não devolveu o sorriso, e tudo que Nino entendia daquela atitude, é que ela se devia ao fato de ele estar com o rosto desfigurado.

-Achei que ainda estivesse dormindo... – Satoshi comentou.

Não havia nada na voz de Ohno. Nem mesmo carinho ou ternura. Era apenas um comentário casual.

-Acordei agora a pouco...

-Ok, Nino. – Ohno parecia incomodado por estar ali.

O Riida colocou as mãos no bolso da calça jeans. A boca de Nino secou. Satoshi não tinha idéia de como ficava maravilhoso parado daquela forma.

-Você vai ficar aqui na casa de Aiba-san até melhorar – explicou, de forma indiferente. - Nós já entramos em contato com a Karin-san e ela virá aqui para ver seu estado, e também para nos defender perante a agência. Depois disso, você poderá voltar pro seu apartamento normalmente. Se seu pai tentar algo, nós vamos chamar a polícia e acusá-lo de agressão. Como qualquer covarde, duvido que tente, mas se tentar, teremos um trunfo para te defender.

Ohno falava de forma rápida, e sem pausas. Parecia que estava ansioso para sair do quarto.

-Arigatou, Oh-chan... – Kazu murmurou.

-Outra coisa, Audrey está aqui!

-O quê?

O que será que havia acontecido para que houvessem trazido a americana com eles?

-Matsumoto-san ficou muito zangado por Sho a ter trazido...

Enquanto Ohno falava, Nino recordou-se de que Jun havia gritado com alguém durante a fuga deles.

-... Mas Sho-chan estava irredutível... – continuou Ohno.

Nino quis indagar os motivos de Sakurai, mas Satoshi não o permitiu abrir a boca.

-E isso é tudo – encerrou. – Estou na casa da minha mãe. Se, por acaso, precisar de algo, ligue.

E saiu batendo a porta.

Por alguns segundos, Nino ainda permaneceu olhando para a entrada, na vã esperança que Satoshi voltasse para ao menos se despedir. Mas, após o primeiro minuto, soube que isso não aconteceria.

Afundando o rosto no travesseiro, permitiu-se chorar extasiadamente. Ohno não havia dito uma palavra agressiva a Nino naquele quarto, mas seu olhar seco havia machucado mais que qualquer coisa.

Ohno não o desejava mais. E como poderia? Além de ter tantos problemas, ainda tinha um rosto cheio de hematomas. Como poderia seduzir Ohno desta forma?

Ainda soluçava quando Aiba entrou no quarto, carregando uma bandeja com sopa.

-Nino-chan...

O amigo parecia preocupado, e Kazunari o olhou.

-Está doendo alguma coisa? – Masaki questionou.

Naquele instante, Aiba largou a bandeja em uma cômoda, e sentou-se na cama. Kazu foi para o colo dele, procurando amparo e afeto. Sentia-se tão sozinho e abandonado. Sabia que os amigos haviam o salvado, dando uma grande prova de amizade, mas a atitude de Ohno para com ele após isso, deixou-lhe uma espécie de buraco no coração.

-Aiba-chan... – chamou, tão logo conseguiu controlar o choro.

O amigo alisou seus cabelos.

-Sim?

-E os outros?

-Sho-kun está com Audrey no quarto do final do corredor... – Masaki explicou. – Passei por lá agora, e eles não diziam uma palavra um ao outro. – Um sorriso despontou nos lábios de Aiba. – Mas, se eu conheço bem meu namorado, ele não vai descansar até amansar aquela fera...

Nino arqueou as sobrancelhas. Sho e Aiba estavam agindo com Audrey de uma forma como se ela não fosse inimiga. Por quê?

-Oh-chan já foi? – Mudou o pensamento do amigo.

-Sim. Jun-san e Ohno-san saíram juntos. Matsumoto iria levá-lo para casa...

Aquela frase machucou ainda mais Nino. Na sua mente, os motivos de Satoshi estar tão ansioso por ir embora ficavam cada vez mais claros... Jun...

-Pelo menos eu sei que eles serão felizes... – murmurou, baixinho.

Porém, Masaki ouviu.

-O que quer dizer? – Inquiriu.

Secando as lágrimas que voltavam a cair, Kazu explicou ao amigo:

-Jun-san e Oh-chan... estão juntos.

-O quê?

-É sim. Os dois se beijaram no parque...

-Hoje à tarde?

-Hai...

-Aquilo foi fanservice, Nino...

Kazunari negou com a face.

-Não. Fanservice se faz quando se está perante o público. Os dois estavam sozinhos..

-Estavam gravando, Nino-chan – Masaki o interrompeu.

-Não, não estavam. – Nino parecia firme. – Antes de indagar a Oh-chan, eu liguei para Karin-san e ela me afirmou que não haviam acontecidos gravações naquele dia – Kazu pausou um pouco a voz, tentando recuperar a voz. – Depois me confirmou também que Jun-san e Oh-chan haviam ido ao parque central...

-E o que mais ela disse, Nino-chan? – Masaki pareceu irritado.

-Nada mais, pois ela precisava desligar...

Suspirando algo, Masaki jogou as mãos para o céu, e depois voltou os olhos para Ninomiya.

-Jun-san e Oh-chan foram enviados ao parque por um erro da produção. Eles foram lá para gravar, e receberam um script solicitando que fizessem fanservice. Eu sei, porque estava no camarim quando os dois comentaram sobre o assunto. Karin-san ficou furiosa por causa disso!

As palavras de Masaki começaram a causar um turbilhão de emoções em Nino. O mais novo queria acreditar nisso, com toda a força do seu coração. Mas devia?

-Mas eu falei com Jun-san, e ele assumiu o beijo...

-Talvez ele tenha ficado nervoso. Seja como for, deve falar com Jun-san novamente e, dessa vez, ouvir o que ele tem a dizer.

-Mas eu ouvi...

-Ninomiya Kazunari! Eu te conheço! Duvido que você tenha deixado Jun-san falar. Aposto que atirou pra cima dele as acusações, e depois desligou o telefone deixando o pobre Matsumoto-san a beira de um colapso. Sabe como Sho-kun e eu chegamos até a casa de seu pai hoje? Por causa da ligação de Jun...

Nino estranhou.

-O Riida não pediu para que vocês fossem lá?

-Não! – Masaki negou. – Nem sabíamos que ele estava lá. Ohno-san foi sozinho, pronto a morrer por você! Agora a pouco, ainda na cozinha, eu o questionei sobre como ele iria trazê-lo para a cidade se nós não tivéssemos aparecido...

-E o que Oh-chan respondeu?

-Que teria te colocado nas costas e caminhado com você pela neve. Não descansaria até ver você em segurança...

Nino voltou a chorar, mas dessa vez de felicidade. Abraçou Masaki com força. Queria que Ohno voltasse agora, e eles pudessem conversar.

-Por que eu não acreditei no amor dele?

Puxando o rosto de Nino para trás, Aiba olhou nos seus olhos.

-Nino-chan, eu sei que você passou por vários problemas, mas tem que parar de acreditar que não merece ser amado. Claro que merece! Você é lindo, talentoso, humano, sensível. Seus textos são maravilhosos, é um compositor tão sensível. Além disso, tem tanto talento na arte dramática. Ohno-chan e nós amamos você de verdade. E, mesmo que não tivesse tantos talentos, amaríamos você da mesma forma! Sempre, sempre e sempre – Masaki beijou-lhe a face.

Aquelas palavras confortaram Nino. Ele já voltava a sentir vontade de lutar. Porém, sabia que a batalha seria árdua.

-Oh-chan está tão zangado... – Murmurou.

-Ora, então use sua arma secreta!

-Que arma?

Aproximando seu rosto do de Nino, Masaki quase o beijou nos lábios.

-Sexo... – sussurrou o loiro.

Kazunari gargalhou, para, em seguida, voltar a ter o rosto apreensivo.

-Mas como seduzir Oh-chan com essa aparência? Estou tão horroroso...

-Ei! – Masaki gritou. – Está se depreciando novamente! E se fosse o contrário? Você deixaria de desejar Ohno-san por causa de alguns machucados?

-Claro que não!

-Então, caro amigo, acredite em mim: seduza-o normalmente, porque eu duvido que ele resista a você!

Depois disso, Aiba empurrou Nino e o fez sentar na cama. Pousou a bandeja no seu colo.

-Mas antes disso, coma para recuperar as forças! – Seu sorriso ficou malicioso. – Já faz vários dias que Oh-chan e você não fazem amor... a abstinência deve ter causado um efeito poderoso no nosso Riida...

Nino sentiu um calor no estômago ao pensar naquilo.

-Obrigado, Aiba-chan... – agradeceu. – Você me deu esperanças.

-Dei certezas! – Masaki o corrigiu. – Agora preciso ir, porque Sho-kun estava prestes a fazer uma coisa quando Jun ligou e nos fez ir correndo até você.

Os dois riram de forma involuntária.

-Posso imaginar o que seja... – Nino sussurou. – Boa noite...

-Eu terei, Nino-chan... eu terei...

Continua...
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySex Jan 29, 2010 1:05 am

Aeeee tiraram o Nino d la *-----*
*feliz mto feliz*
aeee Aiba ainda bem q vc explicou td ao Nino ^^
Nino, vc merece e mto ser amado *-*
Citação :
-Ora, então use sua arma secreta!

-Que arma?

Aproximando seu rosto do de Nino, Masaki quase o beijou nos lábios.

-Sexo... – sussurrou o loiro.
hsahshahshahs doreii *-*
Citação :
-Dei certezas! – Masaki o corrigiu. – Agora preciso ir, porque Sho-kun estava prestes a fazer uma coisa quando Jun ligou e nos fez ir correndo até você.

Os dois riram de forma involuntária.

-Posso imaginar o que seja... – Nino sussurou. – Boa noite...

-Eu terei, Nino-chan... eu terei...
shahshahsha doreii d nvo *-*
a noite promete hein shahshahs xD
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptyDom Jan 31, 2010 6:46 pm

eu entendo q Ohno estivesse chateado e todo o resto, mas pq ele foi tão frio com o Nino???
óÒ

Citação :
Todos os membros do Arashi sabiam que Sho era incapaz de bater numa mosca. Porém, ele tinha mais músculos que todos os outros juntos. Apaixonado por malhação, seu corpo era tão másculo que causaria receio em qualquer um.
MORRI
8DDDDDD
Sho = perfeição *-*
tah, eu juro que parei, mas não consegui resistir 8D

Citação :
-Baka – Ohno xingou-o. – É o que você merecia! – Gritou. – Mas, felizmente pra você, eu me importo demais para simplesmente virar as costas e ir embora!
Ohno mau!!
não pode tratar o Nino assim òÓ

lindoooooooooos *----------------*
caaaaaaaaaaaara isso tah bom demaaaaaaais

Citação :
Dei certezas! – Masaki o corrigiu. – Agora preciso ir, porque Sho-kun estava prestes a fazer uma coisa quando Jun ligou e nos fez ir correndo até você.
Citação :
-Posso imaginar o que seja... – Nino sussurou. – Boa noite...

-Eu terei, Nino-chan... eu terei...
nossa como eu gostaria de ler uma super-ultra-mega noitada do Aiba e do Sho
*-*
*solsanta* /santo
SHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSH

amei *-*
o Sho é tão decidido, ain......
*suspira*
SHAUSHUASHAUSHUASH

Josi-chan vc sempre se supera 8DDD
o Ohno nesse cap foi simplesmente incrível =DDDDD
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySeg Fev 01, 2010 4:03 am

nossa
que lindo, o ohno se arriscando pra "salvar" o nino daquela casa
mais lindo ainda foi eu imaginando o sho segurando o pai do nino *q*
enfim, amei. parabens <3
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySeg Fev 01, 2010 4:12 pm

amdasssss...mtooo obrigada pelo carinho e pelos comentarios^^ ainda nao comecei o cap 35, mas vou tentar caprichar^^
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 EmptySeg Fev 01, 2010 9:11 pm

ah então você não caprichou nesse??
oO
meldeus, ele tah tão maravilhoso 8DD
imagine se vc tivesse caprichado...
OMG, o próximo cap vai ser perfeito neh *-----------*
aaaaaaaah, o q vai acontecer???
e o Ohno??
como ele tah????
óÒ
to curiooosaaaaaaaaa *-*

vou olhar todos os dias aqui pra ver se tem cap novo, não posso perder um segundo 8D
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MensagemAssunto: Re: [END] - Rendição   [END] - Rendição - Página 13 Empty

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